Inverno traz atenção para doenças respiratórias e necessidade de vacinação em Minas Gerais

Aumentam os Casos de Doenças Respiratórias com a Chegada do Inverno em Minas Gerais

Com a chegada do inverno, os mineiros já enfrentam uma significativa queda nas temperaturas, um fenômeno que se intensifica desde abril. Essa mudança climática traz uma consequência preocupante: um aumento nos casos de gripe, resfriado, covid-19 e bronquiolite. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) alerta sobre os riscos associados a essas doenças e a importância de formas eficazes de prevenção.

Os sintomas das infecções respiratórias podem se confundir no início, mas existem diferenças importantes entre eles. A médica do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-Minas), Daniela Caldas, explica que a gripe, provocada pelo vírus influenza, tende a gerar sintomas mais intensos, incluindo febre alta, dor no corpo e cansaço extremo. Em contrapartida, o resfriado é caracterizado por sintomas mais leves, como coriza, tosse, espirros e febre baixa.

A bronquiolite é uma condição que merece atenção especial, principalmente em bebês e crianças menores de dois anos. Causada predominantemente pelo vírus sincicial respiratório (VSR), provoca sintomas como tosse intensa, chiados no peito, secreção nasal e dificuldades respiratórias.

Além disso, a covid-19 continua a circular e é uma infecção respiratória que pode variar de sintomas leves, como perda de olfato e coriza, a casos graves que incluem falta de ar severa e danos pulmonares. “Diferenciar a covid de outras infecções apenas pelos sintomas é desafiador. Recomenda-se a realização de testes laboratoriais em casos de suspeita”, alerta Daniela.

Grupos Vulneráveis e Complicações

Certos grupos da população estão mais vulneráveis a desenvolver formas graves dessas infecções. Isso inclui crianças pequenas, gestantes, idosos, imunocomprometidos e pessoas com doenças crônicas. A SES-MG enfatiza que a vacinação continua a ser a principal estratégia para reduzir internações e mortes decorrentes dessas doenças.

Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, destaca a importância de que toda a população busque atualizar seu cartão de vacinas. “A vacina contra a gripe está disponível para todos a partir de seis meses, e os imunizantes contra a covid-19 estão sendo oferecidos a crianças, adultos e idosos”, comenta. Foi ressaltado também que os municípios têm liberdade para implementar estratégias que ampliem o acesso à vacinação, como horários alternativos e campanhas em locais de grande circulação.

Vacinação: Cobertura Abaixo do Ideal

De janeiro a junho deste ano, o Estado distribuiu mais de 7,8 milhões de doses da vacina contra a gripe e 1,2 milhão de doses contra a covid-19 para as 28 Unidades Regionais de Saúde, que são responsáveis pela distribuição aos 853 municípios mineiros.

Apesar da ampla disponibilidade, a cobertura vacinal é motivo de preocupação. Até o início de junho, apenas 44,1% do público-alvo, que inclui gestantes, crianças e idosos, havia se vacinado contra a gripe, enquanto a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 90%. Em relação à covid-19, 88,7% da população completou o esquema vacinal primário (duas doses), mas apenas 21,72% tomaram a vacina bivalente, que oferece proteção ampliada contra variantes do coronavírus.

Medidas Simples de Prevenção

Além da vacinação, a médica Daniela Caldas enfatiza que medidas simples podem fazer uma grande diferença na prevenção das infecções respiratórias. Uma higiene adequada das mãos, a ventilação de ambientes, a evitação de lugares fechados e o uso de máscara em casos de sintomas gripais são pontos fundamentais.

O inverno demanda uma atenção extra das pessoas. Medidas básicas, quando aliadas à vacinação, não protegem apenas o indivíduo, mas toda a comunidade. Ao manter práticas de saúde pública em mente, todos podem contribuir para a redução dos casos de doenças respiratórias nesta estação.

Informações Adicionais sobre Cuidados no Inverno

Durante o inverno, o cuidado comunitário é essencial. A prevenção não é uma tarefa apenas do governo ou das entidades de saúde, mas sim uma responsabilidade coletiva. Informar-se e manter-se atento às mudanças no tempo e nos índices de doenças respiratórias é fundamental para a saúde de todos. Quando sintomas se manifestam, a busca por orientação médica é sempre a melhor alternativa.

Estar ciente das diferenças entre as doenças, suas causas e formas de prevenção pode salvar vidas. Assim, ao enfrentarmos o frio, cada um de nós pode ajudar a garantir não apenas a própria saúde, mas a saúde de nossa comunidade.

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