Na busca contínua por fortalecer laços comerciais internacionais, a comitiva do Governo de Minas, sob a liderança do governador Romeu Zema, participou do Brazil Japan Business, evento realizado em Osaka, Japão. O encontro, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), teve como meta ampliar as conexões entre industriais mineiros e empresários japoneses, criando oportunidades de investimento.
O governador Zema destacou a importância de simplificar o ambiente de negócios em Minas Gerais. “Temos simplificado muito a vida de quem investe, de quem gera emprego em Minas Gerais, em todos os sentidos”, afirmou. Essa abordagem tem contribuído para resultados positivos na atração de investimentos, com menos burocracias nas áreas ambiental e tributária.
Flavio Roscoe, presidente da Fiemg, também enfatizou o sucesso das missões anteriores à Ásia e como este evento marca um novo capítulo na estratégia de internacionalização da indústria mineira. “Queremos mostrar a força da nossa indústria e o potencial do estado como destino confiável para investimentos”, ressaltou.
O deputado estadual Arnaldo Silva, presente no evento, declarou que Minas Gerais se tornou um estado mais eficiente, fruto de um trabalho governamental voltado para a desburocratização e criação de novas oportunidades. Ele lembrou a importância de um governo facilitador, e não um entrave, para o progresso dos negócios.
O deputado federal Pedro Aihara destacou sua própria história familiar, que teve início no Japão há um século, e reforçou a capacidade do estado de permitir que as pessoas realizem seus sonhos.
Painéis e Discussões
Um dos painéis de destaque na programação, intitulado “Minas Gerais: Estado para Investir”, contou com a presença das secretárias de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa, e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, além do diretor de Mercado e Ativos da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), Helger Marra Lopes. Durante a discussão, foi ressaltada a diversidade econômica de Minas, que abrange desde a produção de café até minerais de alto valor agregado, como minério de ferro.
Outro painel focou na transformação industrial e sua relação com a mineração e siderurgia, abordando temas como sustentabilidade, inovação e tecnologia. Moderado pelo CEO da Invest Minas, João Paulo Braga, o evento contou com a participação de líderes de grandes empresas do setor.
Minas Gerais não só mantém a liderança em minério de ferro, mas também se destaca globalmente em minerais do futuro, como o lítio. O Vale do Lítio, que abriga a maior reserva do mineral no Brasil, já se afirma como um polo produtor mundial, beneficiado por políticas públicas estaduais focadas na atração de empresas e qualificação da mão de obra.
O potencial energético de Minas também se destacou durante o evento. A Cemig opera com 100% de energia limpa e pretende alcançar a neutralidade de carbono até 2040. A fabricação de etanol, um combustível renovável que reduz as emissões de carbono, é um exemplo de como o estado adota soluções sustentáveis.
Relações Comerciais com o Japão
Para o investidor japonês, Minas Gerais é um parceiro estratégico que pode contribuir para um futuro mais tecnológico e sustentável. O estado se destacou como o principal exportador brasileiro para o Japão, representando quase 20% das vendas do Brasil, totalizando US$ 1,1 bilhão. O Japão foi, em 2024, o sexto principal destino das exportações mineiras.
No ano anterior, Minas importou US$ 372,5 milhões do Japão, consolidando sua posição como o terceiro maior estado importador do país asiático. O fluxo comercial totalizou US$ 1,5 bilhão, com um saldo positivo de US$ 740,1 milhões.
Essas relações são reforçadas por acordos institucionais, como a parceria com a Organização Japonesa para Segurança de Metais e Energia (Jogmec), que visa facilitar a cooperação e a importação de matérias-primas críticas.
Além disso, Minas Gerais se destaca como um dos maiores polos tecnológicos do Brasil, criando um ambiente propício para a inovação em setores como indústria 4.0 e inteligência artificial, o que atrai ainda mais investimentos e contribuições de empresas japonesas.