Escola Estadual Afonso Pena recebe exposição Modernos Eternos antes da restauração

Relacionadas

Patrimônio vivo da educação mineira, a Escola Estadual Afonso Pena, localizada em Belo Horizonte, abre suas portas para a 10ª edição da mostra Modernos Eternos, que se inicia nesta terça-feira. Até o dia 20 de julho, o prédio centenário, símbolo da arquitetura e da história da capital, será palco de 47 ambientes criados por grandes nomes da arte, do design e da arquitetura. Essa ocupação cultural não apenas celebra o legado da escola pública, mas também reforça o papel desta unidade como espaço de memória, aprendizado e transformação.

Apresentada pelo Governo de Minas e pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a edição atual da Modernos Eternos BH traz como tema “Educação em Minas Gerais: do século XIX aos dias atuais”. O secretário de Estado de Educação de Minas Gerais, Igor de Alvarenga, menciona que a escolha da Escola Afonso Pena como sede é carregada de simbolismo, emblemática da tradição da educação pública no estado.
“Tenho certeza de que cada servidor, cada estudante que passar por aqui sairá tocado por essa experiência”, afirma o secretário.

Restauração do prédio histórico

A realização da mostra antecede o início das obras de restauração total da escola, anunciadas pelo Governo de Minas. Com um investimento de R$ 7 milhões, a intervenção contemplará a modernização dos ambientes internos e a adequação do prédio às normas de acessibilidade, sempre respeitando as características históricas da construção.

Essa reforma atende a uma demanda histórica da comunidade escolar e será executada por empresas especializadas em imóveis tombados. Para garantir a continuidade das aulas durante o período de obras, os estudantes foram temporariamente transferidos para um anexo da Escola Estadual Governador Milton Campos, situada nas proximidades. A previsão é que as obras tenham início em agosto.

Educação, história e arte em diálogo

Inaugurada em 1897, a Escola Estadual Afonso Pena foi uma das primeiras edificações a surgir no projeto urbanístico da nova capital mineira. Com traços neoclássicos, o prédio se estabeleceu como referência em educação e formou gerações de mineiros ilustres, como Guimarães Rosa e Fernando Sabino.

Durante a mostra, o público terá a oportunidade de vivenciar experiências que entrelaçam passado e presente. Além da ocupação da escola e da Casa de Afonso Penna Jr., a Modernos Eternos contará com uma programação paralela em outros espaços culturais da cidade, como o Museu Mineiro, o Arquivo Público Mineiro e a Casa Fiat de Cultura. Oficinas, exposições e homenagens a educadores históricos completarão o roteiro, fortalecendo o vínculo entre patrimônio, identidade e educação pública.

Compartilhe a Matéria:
Rolar para cima